Gaeco investiga suposta relação entre agentes públicos e facção criminosa
Operação Nexus busca documentos que possam comprovar enriquecimento ilícito e transações financeiras irregulares.
O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), formado pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, Polícia Judiciária Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e Sistema Socioeducativo, deflagrou nesta terça-feira (03) a Operação Nexus. A investigação apura a possível ligação de servidores públicos com a facção criminosa Comando Vermelho em Mato Grosso.
Durante investigações, depoimentos apontaram conexões entre o Comando Vermelho e a cantina/mercadinho da unidade prisional. “Sandro Louco,” um dos líderes da facção, atualmente preso, afirmou que o local era usado para movimentar mercadorias e dinheiro de forma autônoma pelos chefes da organização. Segundo ele, havia uma movimentação milionária em espécie, supostamente sem fiscalização, envolvendo servidores públicos e detentos, com os valores sendo administrados pela Aspec.
A palavra “Nexus,” que dá nome à operação, tem origem no latim e significa vínculo ou conexão, refletindo o foco da investigação: a relação entre agentes públicos e a facção criminosa. As buscas seguem em andamento para aprofundar as investigações.
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